Os casos de mortes por conta da Gripe A têm crescido semana após semana, em todo o Brasil. Autoridades ligadas ao setor da Saúde confirmaram até agora o falecimento de 41 pessoas, vítimas da doença. São Paulo, com 19 casos, e Rio Grande do Sul, com 16, lideram entre os Estados com registros de óbitos.

O Ministério da Saúde, em relatório datado da última quinta-feira (23), aponta a existência de 1.566 pessoas contaminadas no Brasil. O governo gaúcho comunicou que as UTI’s estão lotadas de pacientes com suspeitas ou sendo portadores do vírus H1N1. A informação é do secretário de estado da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra. “Estamos com 101 pessoas em UTI’s, em um total de mais de mil pessoas que tiveram a gripe aqui no Estado”, diz ele.

O diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério da Saúde, Eduardo Hage, explica que o tratamento para os casos graves da doença é o mesmo utilizado na gripe comum, em uma tentativa de evitar o pânico geral sobre a doença. “Isso vale, inclusive, no uso do antiviral aplicado a pessoas que já têm doenças graves ou fator de riscos para doenças graves”, comenta.

Em Brusque, o setor de Vigilância Epidemiológica está realizando um processo de orientação sobre o vírus H1N1 em shoppings e centros comerciais. Segundo a coordenadora do setor, Vanilda Mafra, a decisão surgiu depois que funcionários destes mesmos estabelecimentos ficaram apavorados com as notícias de que no Paraná atendentes estariam utilizando máscaras para evitar o contato com pessoas infectadas.

“Estaremos em vários estabelecimentos. Teremos dez profissionais atuando, orientando desde as pessoas que chegam a nosso município para comprar, como também balconistas, lojistas e todas as pessoas que estiverem freqüentando estes locais”.

Para o médico infectologista da prefeitura de Brusque, Ricardo Freitas, o uso das máscaras deve ser feito por quem tem o vírus ou esta no quadro de suspeitos. “Existem duas situações: a gotícula e o aerosol. A gotícula sai da boca, quando a pessoa tosse ou espirra. O vírus fica na gotícula e com isso vai cair. Quem está atendendo, conversando ou vivendo no dia-a-dia não, há necessidade de máscara. Esse vírus não está circulando no ar”, destaca o médico.